Até 2024, a demanda por profissionais de tecnologia será de 70 mil por ano no Brasil, enquanto que o número de formados nessa área chegará a 46 mil, segundo a Brasscom
A jovem gaúcha Débora Góis Torres ainda não havia concluído o curso de programação que estava fazendo em Belo Horizonte quando começou a buscar vagas de emprego na sua área. Dois dias depois de formada, achou o que queria. Foi contratada por uma empresa de tecnologia em ascensão na cidade.
Pode ter sido um pouco de sorte, pode ter sido porque ela se empenhou. Mas o que certamente pesou a favor foi o fato de que Débora é de um segmento no qual o desemprego praticamente não existe: o dos profissionais com habilidades para negócios digitais.
Aos 26 anos ela ocupa, desde dezembro, o cargo de desenvolvedora full stack junior na Rock Content, empresa que produz conteúdo para companhias de diversos segmentos. “Tem muita oferta nessa área digital. Acredito que tenha mais empresas contratando do que gente procurando”, diz.
É verdade. Em um país onde o desemprego estava em 11,6% no fim do ano – atingindo 12,4 milhões de pessoas – e onde a informalidade no mercado de trabalho superava os 40%, o mundo da economia digital é uma ilha onde sobram vagas e falta mão de obra.
Um estudo recente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) traduz isso em números bem claros. Até 2024, a demanda por profissionais de tecnologia, como Débora, será de 70 mil por ano no Brasil, enquanto que o número de formados nessa área chegará a 46 mil.
“Muitos desses profissionais recebem hoje três ou quatro ofertas de emprego por semana”, diz Thiago Moreira, sócio da Vulpi, companhia de recursos humanos para a área de tecnologia sediada na capital mineira. Os salários variam, segundo ele, de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil para novatos e de R$ 15 mil a R$ 20 mil para quem tem cinco ou seis anos de carreira.
Fonte: Valorinveste.globo.